e se fosse pago?
Por ser um programa social que beneficia muitos, independente de classe social, o Sistema Único de Saúde tornou-se uma referência mundial ao se falar em saúde pública de qualidade. Por ganhar essa relevância, o sistema acabou sendo alvo de diferentes propostas. Uma destas é a de privatizar suas atividades. A ideia começou a ganhar força antes do Governo Temer, no qual o pensamento de que a saúde era uma pasta governamental que "utiliza muito dinheiro público" e portanto deve ter limites impostos. Hoje, a ideia de privatização segue em ascensão com apoio de exemplos de países desenvolvidos de diferentes partes do mundo que não disponibilizam projetos sociais de saúde a todos. Os Estados Unidos da América são um exemplo disso.
Em uma publicação de setembro de 2019, disponível aqui, o governo federal traz ao debate a saúde pública brasileira e consequentemente o Sistema Único de Saúde. Nesta postagem são trazidos os benefícios e problemas enfrentados pelo sistema durante os anos de atividade com comentários de representantes federais.
O que queremos trazer aqui então é, o que é privatizar e por quê?
A ideia principal apresentada por Alceni Guerra, ex-ministro da saúde no 1º Fórum “Agenda Saúde: a ousadia de propor um Novo Sistema de Saúde” é de que o sistema passe a atender apenas 50% do que hoje atende para diminuição de gastos e que o restante dos pacientes passe a contratar e utilizar planos de saúde em instituições privadas até 2038. Outra alternativa apresentada é de que a verba repassada ao SUS seja utilizada para pagar consultas e procedimentos em empresas privadas, desmerecendo a qualidade do programa reconhecido mundialmente.
Embora não tenha sido oficializada, ainda, esta proposta de emenda parlamentar, a ideia de tornar o SUS privado ou parte privado ainda está em debate em todos os âmbitos da sociedade. Podemos pensar a saúde de todos como uma mercadoria? Ou para a manutenção do caixa nacional é necessário indisponibilizar saúde gratuita aos cidadãos?
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